Tudo na vida é organizado em ciclos e os mapeamentos realizados no Agroecologia em Rede (AeR) também são!
Mapear e sistematizar experiências agroecológicas é, antes de tudo, um processo de envolvimento e escuta do que emerge dos territórios. Ao longo dos anos, desenvolvemos uma metodologia para a realização de mapeamentos no Agroecologia em Rede (AeR) que pudesse evidenciar e fortalecer os processos coletivos de construção do conhecimento agroecológico.
Ciclo de Mapeamento – passo a passo:
1. Curadoria: criação ou definição do grupo curador e dos demais grupos de trabalho.
2. Fichas: elaboração dos instrumentos de pesquisa.
3. Garantir integração com a Árvore Temática Geral do AeR e com as fichas básicas.
4. Segurança dos dados: apresentação do conjunto de documentos necessários para segurança dos dados.
A primeira fase é composta pela preparação do instrumento de pesquisa e formação do grupo de Curadoria, quando é formado um grupo com representantes de organizações e coletivos, responsável por desenvolver, monitorar e avaliar cada etapa do processo de gestão e sistematização dos dados de uma frente de mapeamento específica.
- Disponibilização dos instrumentos na plataforma: realização de testes de preenchimento e validação final.
- Elaboração do manual de preenchimento: criação de material de apoio para o cadastrante.
- Construção das estratégias de comunicação:
- Produção dos materiais e processos de comunicação
- Preparação de lançamento público do processo de pesquisa.
- Preparação da equipe de suporte/apoio/curadoria: atividades de “formação” e acolhida da equipe de apoio das organizações parceiras.
A segunda fase é o planejamento e lançamento do mapeamento, um momento potente de apresentar para o mundo o que se quer mapear. Nesta fase são também feitos os ajustes técnicos para acolher o mapeamento no sistema do AeR. Construir o formulário no sistema e fazer testes de preenchimento são fundamentais para tudo estar adequado para soltar o processo no mundo!
- Suporte técnico e acompanhamento dos cadastros: correção de bugs e auxílio remoto.
- Mobilização e diálogo: Curadoria coordena processo de animação.
- Análise de dados: construção de um Plano de Análise, envolvendo revisão dos cadastros e definição da metodologia de cruzamentos de dados.
- Balanços políticos e pedagógicos – ajustes e incidências.
A terceira fase é acompanhar e cuidar dos dados que estão sendo alimentados na plataforma, solucionar dúvidas e comunicar as novidades! Ao final desta fase é feito um mergulho nos dados, para criar relatórios e análises sobre a realidade que foi observada: as cores e sabores que o mapeamento faz surgir!
- Definição dos instrumentos de divulgação: infográficos, boletins, cartilhas, livros.
- Mobilização equipe de comunicação para a produção de materiais gráficos.
- Construção das atividades de socialização e devolutiva.
Por fim, a quarta fase é a devolutiva dos resultados finais do mapeamento. Retornar aos territórios e às organizações parceiras e comunicar o que foi descoberto, quais são os anúncios e quais são as denúncias que permeiam as experiências cadastradas é uma tarefa fundamental para que a informação não fique guardada ou escondida. Informação é um instrumento de resistência e precisa estar nos territórios para fortalecer as experiências agroecológicas.
É assim que mapeamos e sistematizamos experiências no AeR, com zelo e cuidado com o caminhar, plantando as sementes, regando e cultivando para, no fim, termos frutos abundantes a serem saboreados por todos!