Visibilizando os processos agroecológicos em Boa Vista


O início da experiência de incidência se mostrou bastante desafiador aqui em Boa Vista. Sem redes de apoio, sem sensibilização por parte de gestores, sem histórico de políticas públicas, e sem movimentos sociais.
Minimamente já ocorre três circuitos curtos de comercialização e o caminho provável era fortalecer o que já existia. A iniciativa da Agroecologia nos Municípios deu condições a tentativas pioneiras, como o encontro entre CPORGs de Manaus e Roraima. O evento teve uma boa repercussão, bom comparecimento (58 pessoas), mas não mobilizou os integrantes da Comissão de orgânicos para ações mais efetivas.
Consegui formar uma pequena rede de pessoas interessadas em compartilhar dessas ações. Foi formado o Coletivo de Articulação em Agroecologia de Roraima (grupo com 35 participantes). Realizamos juntos o evento do Banquetaço, da Marcha contra a fome, e o próximo será o Mirandinha Solidário (arrecadação de alimentos para a Cozinha Solidária). Essa é a estratégia que tem dado certo para visibilizar os processos agroecológicos que ocorrem no Município. A iniciativa de Agroecologia nos Municípios tem proporcionado por meio da comunicadora uma ampla divulgação nas mídias. A exemplo do evento Banquetaço.
A divulgação também pelas redes sociais tem sido bastante eficiente, e a página do instagram @coletivo_agroecologiarr segue fazendo publicações locais e compartilhando assuntos relativos com interação e reconhecimento das pessoas.
A formação do Coletivo de Consumidores Responsáveis na parceria da ANA com a Incubadora da UFRR foi uma excelente ação de construção coletiva e promoção à agroecologia. O apoio da Universidade foi fundamental para o sucesso dessa ação.
Da incidência com poderes, destaco apenas o encontro com a Deputada Federal Joênia Wapichana que se comprometeu em ajudar, com emendas parlamentares, uma das associações que as agricultoras fazem parte. Não conseguiu me ajudar ainda com uma agenda direta com o prefeito. Sigo na tentativa desta agenda.
O encontro de mulheres indígenas e rurais rendeu bons contatos e pautas foram enviadas como demandas das mulheres em grupos que se formaram em rodas de conversa. Foram solicitados a viabilização da Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (PEAPO), desburocratizar os excessos de formalização para a comercialização dos produtos e estruturar um núcleo de Assistência Técnica exclusivo para mulheres.